Com 20 anos não somos mais crianças, não somos velhos, não
somos adultos, não somos ainda os culpados, não somos mais inocentes. Não somos
nada!
Não somos nada e isso nos permite ser tudo. Alguém já deve
ter dito que “não ser” significa que estamos abertos para todas as
possibilidades. Já pensou nisso? Isso é incrível (como diria Antônio, meu
personagem na peça Nas Asas do Tempo).
Nos meus 20 anos o mundo estava nas minhas mãos.
Dia 24 de dezembro de 1997, 16:55, com 1910 gramas (ano de
fundação do Corinthians), nascia um garoto prematuro, ainda sem nome, todo
peludo e com toquinha (não sei se ele já nasceu com aquela toquinha ou
colocaram depois). Meu filho!
A luta pela sobrevivência dele adiou a decisão do nome. Uma
enfermeira me pressionou dizendo assim: Pai, a gente precisa chamar ele por um
nome. Qual será o nome dele?
Qual será o nome dele? Era para nascer em 11 de março,
nasceu em dezembro...
Apenas eu e ele. As enfermeiras cuidando das outras
isoletes. Olhe para seus olhos e perguntei:
- Cara, preciso te registrar. Qual é o seu nome?
Ele me olhou de forma séria e carinhosa e respondeu:
- Pai, meu nome é Tiago!
Foram suas primeiras palavras, e as únicas durante alguns
anos.
Com exceção feita a mim, mais ninguém acredita nessa
história (nem o próprio Tiago).

E como ele precisou de proteção naqueles primeiros momentos
de vida. Foi para casa apenas 28 dias depois.





Parabéns! Obrigado por me escolher como pai! Eu te amo!
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